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Lô Borges parte no Trem Azul da eternidade

  • Foto do escritor: Wagner Rodrigues
    Wagner Rodrigues
  • 3 de nov.
  • 2 min de leitura
Música brasileira se despede de um dos poetas do Clube da Esquina
Música brasileira se despede de um dos poetas do Clube da Esquina

O Trem Azul partiu mais uma vez e desta vez levou consigo um de seus condutores mais sensíveis. Lô Borges, cantor, compositor e um dos pilares do Clube da Esquina, morreu aos 73 anos, deixando a música brasileira em silêncio e saudade. A família confirmou a partida na manhã desta segunda-feira, 3 de novembro, e o país amanheceu com um vazio em dó menor.

 

Salomão Borges Filho nasceu em Belo Horizonte e, desde cedo, foi guiado por melodias e montanhas. Ainda adolescente, uniu-se a Milton Nascimento e outros mineiros sonhadores para criar um dos capítulos mais belos da música brasileira, o Clube da Esquina, encontro de amizade, liberdade e invenção que mudou o som e a alma do país.

 

Com apenas 19 anos, Lô gravou ao lado de Milton o álbum “Clube da Esquina” (1972), divisor de águas da MPB. Dali brotaram canções eternas: “Trem Azul”, “Tudo que Você Podia Ser”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Paisagem da Janela”, “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, melodias que parecem sopradas pelo vento das montanhas e que ensinaram ao Brasil que os sonhos não envelhecem.

 

Seguiu carreira solo fiel à sua essência: simples, poética, profundamente humana. Era o retrato do mineiro que fala baixo, mas toca fundo. Um artista que nunca precisou de holofotes, bastava-lhe um violão, um céu e um silêncio para transformar a vida em harmonia.

 

Hoje, a música brasileira amanhece órfã. Mas quem fez da vida uma canção não parte de verdade. Lô Borges apenas embarcou no Trem Azul da Eternidade, levando nas malas um punhado de acordes, memórias e amor.

 


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