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Totus tuus, Marie

  • Foto do escritor: Estandarte Angrense
    Estandarte Angrense
  • 11 de nov.
  • 2 min de leitura
Histórias da Santa e Una
Histórias da Santa e Una

Identidade não é apenas sobre o que, ou com o que, nos identificamos, mas também sobre quem somos ou quem escolhemos ser. Quando professamos uma fé, falamos de nós mesmos. Dizemos mais sobre quem somos do que simplesmente sobre no que acreditamos.

 

Sabemos que, desde o início das coisas, sempre existiu uma distância entre o professar, o viver e o falar. E não me refiro apenas ao cristianismo — em todas as religiões é possível perceber essas divergências. Mas, quando escrevo em minha biografia que sou católica, procuro resumir um pouco da minha essência em palavras. Não que isso seja plenamente possível, pois toda língua e linguagem têm suas limitações em comunicar o divino. Ainda assim, é algo que diz muito sobre mim — e sobre esta coluna.

 

O propósito deste espaço será refletir sobre a fé e as questões da fé de maneira leve, porém sem superficialidade. O formato de uma coluna é naturalmente limitado, então alguns temas voltarão a ser abordados mais de uma vez — e tudo bem.

 

Talvez você se pergunte o motivo do título deste texto. Totus tuus, Marie — expressão em latim que significa “todo teu/tua, Maria” — foi o lema do papado de São João Paulo II, o Papa da Juventude, aquele que nos presenteou com as Jornadas Mundiais da Juventude e que reuniu a doutrina da fé no livro que, entre nós católicos, chamamos carinhosamente de “Amarelinho”, o Catecismo da Igreja Católica. Foi também o Papa da minha infância — o primeiro que conheci — e um grande divulgador do tratado A Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, de São Luís Maria Grignion de Montfort.

 

Esse pequeno livro do século XVIII — que permaneceu oculto por décadas até ser encontrado, publicado e divulgado (como o próprio autor previu) — traz uma profunda reflexão sobre a verdadeira devoção à Mãe de Deus. Logo no início, ele ensina:

 

“Não há mãe que dê à luz a cabeça sem os membros, nem os membros sem a cabeça.”

 

Como membro desse corpo, consagrei-me a Jesus pelas mãos da Santíssima Virgem Maria, segundo este método. Muito antes desta coluna nascer, já havia entregue — ou melhor, submetido em escravidão voluntária de amor — à Mãe de Deus tudo o que sou e possuo: minhas coisas visíveis e invisíveis, materiais e imateriais, passadas, presentes e futuras.

 

Por consequência, ao me tornar redatora desta coluna, ela automaticamente pertence à Santíssima Mãe. Peço, então, que Ela conduza minha escrita e cada leitor, para que, em comunhão, possamos alcançar a mesma unidade em Cristo Jesus.

 

Com Maria, por Cristo, com Cristo e em Cristo, para a glória de Deus Pai, na unidade com o Espírito Santo, começamos hoje esta coluna.

Fiquemos na paz do Senhor e na alegria de Maria. Amém.


Olá, meu nome é Annie. Sou produtora cultural, militante da arte, da cultura e da educação pública e de qualidade — e, antes de tudo, Católica Apostólica Romana.

 

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