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Vozes que resistem: espetáculo celebra mestres e mestras da cultura popular da Grande Tijuca

  • Foto do escritor: Estandarte Angrense
    Estandarte Angrense
  • 12 de nov.
  • 2 min de leitura
O material resultará, em 2026, em cinco documentários curta-metragem e uma série de podcasts que retratam os saberes e tradições de matriz afro-brasileira que seguem vivos nos territórios
O material resultará, em 2026, em cinco documentários curta-metragem e uma série de podcasts que retratam os saberes e tradições de matriz afro-brasileira que seguem vivos nos territórios

O Mês da Consciência Negra ganha uma celebração especial no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro com o espetáculo “Na Cadência Carioca – Mestres e Mestras dos Saberes”, realizado pela ONG CRIAR Brasil em parceria com o Ministério da Cultura. O evento acontece em 22 de novembro (sábado), a partir das 17h, com entrada gratuita, no Teatro Angel Vianna (Rua José Higino, 115 – Tijuca).

 

A programação começa com um cortejo da Folia de Reis “A Brilhante Estrela de Belém”, que sai pela Rua José Higino e conduz o público até o teatro, onde outras quatro expressões culturais da Grande Tijuca se apresentam. O encontro celebra a diversidade, a fé e a ancestralidade que moldam a identidade popular do Rio de Janeiro.

 

O espetáculo é parte do projeto ‘Na Cadência Carioca – Mestres e Mestras dos Saberes’, que ao longo de 2025 vem registrando, em áudio e vídeo, histórias, cantos e práticas culturais conduzidas por mestres e mestras das comunidades da Tijuca. O material resultará, em 2026, em cinco documentários curta-metragem e uma série de podcasts que retratam os saberes e tradições de matriz afro-brasileira que seguem vivos nos territórios.

 

As cinco manifestações participantes estarão representadas no palco do Teatro Angel Vianna:

 

Morro da Formiga – onde a ocupação urbana remonta aos anos 1940 e a comunidade sofre com riscos geológicos e vulnerabilidade social, a Folia de Reis “A Brilhante Estrela de Belém” mantém viva a fé, a música e a celebração.

 

Morro do Salgueiro – povoado desde 1885 por ex-trabalhadores das lavouras de café e berço da icônica escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, o Caxambu ecoa a força das raízes afro-brasileiras.

 

Complexo do Turano – maior favela da Tijuca, com renda média entre um e cinco salários mínimos, a arte pulsa com o Bloco Cometas do Bispo, que transforma o carnaval em ferramenta de mobilização popular.

 

Mangueira – com forte tradição no samba, no carnaval e nas lutas negras, contribui com o Samba da Mangueira, conduzindo a sabedoria das porta-bandeiras, ícones de elegância e resistência.

 

Vila Isabel – bairro marcado pela boemia, pela herança de Noel Rosa e pela efervescência cultural, o Samba de Vila Isabel segue como manifestação viva mesmo diante da violência que marca suas favelas.

 

“Esses mestres e mestras são guardiões de um patrimônio imaterial que resiste pela força da coletividade e da tradição”, destaca Rosangela Fernandes, coordenadora do projeto no CRIAR Brasil. “O espetáculo é um gesto de reconhecimento e um convite ao encontro com a cultura popular que pulsa na cidade”, afirma.

 

Na Cadência Carioca é um projeto em andamento, viabilizado pelo Fundo Nacional de Cultura, que reafirma a cultura popular como elo entre gerações e instrumento de resistência.

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